Dr. Murilo Battistetti

A Psiquiatria:

A psiquiatria é uma área da medicina que se concentra em compreender e tratar problemas relacionados à saúde mental, abordando aspectos biológicos, psicológicos e sociais da doença. De maneira clássica, ela aborda condições que afetam o pensamento, o comportamento e as emoções dos indivíduos.

O campo da psiquiatria é distinto por sua abordagem que combina o conhecimento médico, particularmente em neurologia e farmacologia, com a compreensão psicológica e social dos pacientes.

O número exato de especialidades médicas pode variar de país para país, pois diferentes sistemas de saúde e organizações médicas podem reconhecer diferentes especialidades.

No entanto, de forma geral, existem mais de 120 especialidades médicas reconhecidas internacionalmente. No Brasil, o número de especialidades médicas reconhecidas pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) é de aproximadamente 55.

O Psiquiatra:

O Psiquiatra é o médico especializado na prevenção de doenças mentais e transtornos emocionais, no diagnóstico e em seu tratamento.

Sendo treinado para realizar avaliações médicas e psiquiátricas detalhadas, podendo prescrever medicamentos, oferecer psicoterapia e outras formas de tratamento.

Sabemos que o tratamento psiquiátrico envolve muito mais que somente o paciente, se faz necessário o trabalho em conjunto com outros profissionais de saúde, como psicólogos e assistentes sociais, para fornecer uma abordagem integral do cuidado ao indivíduo e seu entorno.

Dr Murilo Battistetti
Up Mind - Psiquiatria
Dr. Murilo A. M. Battistetti

Para um tratamento psiquiátrico realmente eficiente, é essencial contar com um profissional que combine uma robusta formação acadêmica com uma abordagem empática e acolhedora.

Essas características são fundamentais para construir uma relação de confiança e um vínculo efetivo entre médico e paciente, elementos chave para um tratamento bem-sucedido. O Dr. Murilo Battistetti exemplifica esse perfil, atendendo tanto no sistema público quanto no privado, sendo conhecido pelo seu vasto conhecimento em psiquiatria e pela sua capacidade de estabelecer uma conexão genuína com seus pacientes.

Depoimentos de Pacientes Reais

O Psiquiatra e A Psuiatria
O Psiquiatra e a Psiquiatria

Breve histórico:

No Mundo:

Psiquiatria
Sigmund Freud (1856-1939)

A história da psiquiatria, a especialidade médica dedicada ao estudo, prevenção e tratamento de transtornos mentais, é longa e complexa, marcada por avanços significativos e por períodos de mal-entendidos e tratamentos ineficazes.

  1. Antiguidade e Idade Média: Na antiguidade, as doenças mentais eram frequentemente vistas através de uma lente espiritual ou sobrenatural. Na Grécia Antiga, por exemplo, tais condições eram por vezes atribuídas à influência dos deuses ou demônios. Na Idade Média, essa visão predominou, e muitas vezes os pacientes com transtornos mentais eram considerados possuídos ou punidos por Deus.
  2. Renascimento e Iluminismo: O Renascimento trouxe uma abordagem mais humanista e científica, com médicos como Philippe Pinel na França e William Tuke na Inglaterra defendendo tratamentos mais compassivos e humanitários para os doentes mentais, contrapondo-se às práticas brutais de confinamento e negligência que eram comuns em asilos.
  3. Século XIX e XX: No século XIX, a psiquiatria começou a emergir como uma especialidade médica distinta, com a criação de asilos psiquiátricos e o desenvolvimento de teorias sobre a origem e a natureza dos transtornos mentais. Figuras como Sigmund Freud e Carl Jung influenciaram profundamente a psiquiatria com suas teorias psicanalíticas e analíticas, respectivamente.
  4. Desenvolvimento de Medicamentos: O século XX testemunhou um grande avanço com o desenvolvimento de medicamentos antipsicóticos e antidepressivos, o que revolucionou o tratamento de muitos transtornos mentais. Isso reduziu a necessidade de internações de longo prazo e permitiu que mais pacientes fossem tratados em ambientes comunitários.
  5. Desinstitucionalização e Abordagens Modernas: A partir da segunda metade do século XX, houve um movimento em direção à desinstitucionalização, com um foco crescente em tratamentos comunitários e terapias de conversação. As abordagens modernas da psiquiatria agora incluem uma combinação de medicação, psicoterapia, intervenções comunitárias e abordagens holísticas.
  6. Desafios Contemporâneos: Atualmente, a psiquiatria enfrenta desafios como o estigma associado à doença mental, a necessidade de tratamentos mais eficazes e personalizados e a integração de novas tecnologias e descobertas neurocientíficas.

A psiquiatria continua a evoluir, integrando avanços em neurociência, psicologia, biologia molecular e tecnologia digital, buscando uma compreensão mais profunda e tratamentos mais eficazes para transtornos mentais.

No Brasil:

Psiquiatria
UFRJ na Praia Vermelha antigo Hospicio de Pedro II

A psiquiatria no Brasil reflete tanto influências globais quanto particularidades locais no entendimento e tratamento de transtornos mentais.

  1. Período Colonial e Império: Durante o período colonial e o início do Império, as pessoas com transtornos mentais eram frequentemente mal compreendidas e marginalizadas. Não havia uma abordagem sistematizada para o tratamento de doenças mentais.
  2. Primeiros Hospitais Psiquiátricos: O primeiro hospital psiquiátrico no Brasil foi o Hospício Pedro II, inaugurado no Rio de Janeiro em 1852. Essa instituição marcou o início de uma era de tratamento institucionalizado de transtornos mentais no país, embora as condições muitas vezes fossem precárias e os tratamentos, rudimentares.
  3. Influências Europeias: No final do século XIX e início do século XX, a psiquiatria brasileira começou a ser influenciada pelas teorias e práticas europeias. Isso incluiu a adoção de modelos psicanalíticos, especialmente as teorias de Freud, bem como o desenvolvimento de abordagens mais científicas e humanitárias em relação ao tratamento.
  4. Movimento de Reforma Psiquiátrica: A partir da década de 1970, o Brasil testemunhou um movimento de reforma psiquiátrica significativo, influenciado pela crítica global às condições dos hospitais psiquiátricos e pelo movimento pelos direitos humanos. Esse movimento buscou a desinstitucionalização do tratamento de transtornos mentais, promovendo a reabilitação e a integração social dos pacientes.
  5. Lei da Reforma Psiquiátrica: Em 2001, a Lei 10.216 foi aprovada, marcando um ponto de virada na psiquiatria brasileira. Essa lei estabeleceu diretrizes para a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redirecionou o modelo de atendimento para serviços comunitários e de base territorial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
  6. Desafios Atuais: Apesar dos avanços, a psiquiatria no Brasil ainda enfrenta desafios, incluindo a superação do estigma da doença mental, a necessidade de melhorar o acesso a tratamentos de qualidade e a integração de novas abordagens terapêuticas e tecnológicas.

A história da psiquiatria no Brasil é, portanto, uma história de evolução contínua, marcada por esforços para melhorar a compreensão e o tratamento das doenças mentais em um contexto sociocultural e político específico.

Condições de Saúde tratadas pelo Psiquiatra

psiquiatra

As principais áreas de atuação em psiquiatria incluem:

  1. Transtornos de humor: como depressão: caracterizada por sentimentos persistentes de tristeza, desesperança, falta de interesse ou prazer nas atividades diárias e outras manifestações físicas e mentais que afetam a capacidade de funcionar no dia a dia. O episódio depressivo é um período caracterizado por sintomas de depressão que duram por pelo menos duas semanas. Já a síndrome depressiva geralmente se refere a um conjunto de sintomas que caracterizam a depressão, um transtorno do humor que afeta a maneira como uma pessoa se sente, pensa e se comporta; e o transtorno bipolar: é uma condição mental crônica caracterizada por mudanças extremas no humor (euforia e depressão), que variam entre episódios de mania ou hipomania e depressão. Sendo uma exacerbação das alterações normais do humor, que apresentam uma duração mínima de aproximadamente 15 dias.
  2. Transtornos de ansiedade: constituem um grupo de condições psiquiátricas caracterizadas por ansiedade excessiva e medos irracionais que interferem significativamente na vida diária. Esses transtornos são mais intensos, duradouros e frequentemente não estão relacionados a situações específicas, tornando difícil para as pessoas afetadas controlarem seus sentimentos de ansiedade. Embora cada tipo de transtorno de ansiedade tenha suas próprias características e sintomas específicos, eles compartilham algumas características comuns.
  3. Transtornos psicóticos: são uma categoria de distúrbios mentais caracterizados por sintomas que incluem uma desconexão significativa da realidade. Isso pode manifestar-se através de alucinações (percepções falsas, como ouvir vozes que não existem) e delírios (crenças fixas e irracionais, como a convicção de que estão sendo perseguidos ou controlados por forças externas).
  4. Transtornos de personalidade e comportamento: são caracterizados por padrões de comportamento, pensamentos, sentimentos, motivações significativamente diferentes do que é considerado normal, começando na adolescência ou no início da vida adulta e persistindo ao longo do tempo. Esses padrões são inflexíveis, desviam das expectativas culturais, causam sofrimento ou danos ao indivíduo, aos outros e à sociedade.
  5. Transtornos alimentares: como anorexia e bulimia.
  6. Transtornos relacionados ao uso de substâncias: como a dependência de álcool e drogas.

O tratamento psiquiátrico refere-se a intervenções direcionadas para aliviar, tratar ou curar transtornos psiquiátricos ou psicológicos.

Esses transtornos podem variar em gravidade e tipo, desde condições simples, como alguns casos de ansiedade, até doenças mais complexos, como a esquizofrenia.

A escolha do tratamento depende do diagnóstico específico, da gravidade dos sintomas e das preferências do paciente.

Abordagens comuns no tratamento psiquiátrico:

  1. Medicação: Existem vários tipos de medicamentos usados para tratar transtornos mentais:
    • Antidepressivos: para transtornos depressivos e alguns transtornos de ansiedade.
    • Ansiolíticos: para transtornos de ansiedade.
    • Estabilizadores de humor: para transtornos bipolares.
    • Antipsicóticos: para esquizofrenia e alguns casos de transtorno bipolar.
    • Estimulantes: para transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
  2. Psicoterapia: Também conhecida como terapia de conversa, é uma abordagem em que os pacientes conversam com um profissional treinado para ajudá-los a identificar e trabalhar questões ou traumas.
    • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): foca em identificar e mudar padrões de pensamento e comportamento negativos.
    • Terapia interpessoal: foca nas relações e como melhorá-las.
    • Terapia psicodinâmica: baseia-se na ideia de que o comportamento e os sentimentos inconscientes influenciam nossas ações.
    • Terapia de exposição: comumente usada para transtornos de ansiedade, onde o paciente é gradualmente exposto à situação ou objeto que causa ansiedade.
  3. Terapias de Grupo: Estas são semelhantes à psicoterapia, mas envolvem um grupo de pacientes.
  4. Hospitalização: Em casos graves, onde há risco para o paciente ou para os outros, pode ser necessária uma hospitalização temporária.
  5. Programas de tratamento ambulatorial intensivo: São programas diários que oferecem o benefício de tratamentos intensivos sem a necessidade de internação.
  6. Terapias Eletroconvulsivas (ECT): Usadas principalmente para depressão grave, quando outros tratamentos falharam. Envolve o uso de correntes elétricas para induzir uma convulsão controlada.
  7. Terapias Complementares: Incluem meditação, atenção plena (mindfulness), yoga, acupuntura e outras. Algumas pessoas acham essas terapias úteis em combinação com tratamentos tradicionais.
  8. Reabilitação Psicossocial: Ajuda os indivíduos a reintegrar-se à sociedade e pode envolver treinamento de habilidades sociais, treinamento vocacional e estratégias de enfrentamento.
Psiquiatria

O tratamento psiquiátrico ideal pode envolver uma combinação de várias dessas abordagens. É crucial que o tratamento seja adaptado às necessidades individuais do paciente, de sua família e do contexto sociocultural e que seja revisado regularmente para garantir que permaneça eficaz.

A família e os entes queridos também podem desempenhar um papel vital no apoio ao paciente durante o tratamento.

Se você ou alguém que você conhece padece de algum transtorno psiquiátrico, necessita de acompanhamento ou somente gostaria de orientações, é importante buscar ajuda profissional.

Pois os transtornos psiquiátricos são condições tratáveis e com uma abordagem adequada, é possível reduzir significativamente seus sintomas e recuperar uma vida produtiva.

Psiquiatria

Fonte:

Psiquiatria atual

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/memoria_loucura_apostila_monitoria.pdf

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