Em condições normais do dia a dia, é natural apresentar mudanças de humor. Sentir raiva, ódio, alegria, tristeza e outros sentimentos são esperados quando o individuo se depara com determinadas situações. No entanto, estes sentimentos isolados não são suficientes para o diagnóstico de um problema psiquiátrico.
O transtorno bipolar é uma condição mental crônica caracterizada por mudanças extremas no humor (euforia e depressão), que variam entre episódios de mania ou hipomania e depressão. Sendo uma exacerbação das alterações normais do humor, que apresentam uma duração mínima de aproximadamente 15 dias.
As causas exatas do transtorno bipolar não são completamente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos, químicos e ambientais contribuem para isso.
Quem trata o Transtorno Bipolar?
Para um tratamento psiquiátrico bem-sucedido, é vital escolher um profissional habilitado que não apenas tenha sólida formação acadêmica, mas também demonstre empatia e capacidade de acolhimento.
Tais características são cruciais para estabelecer uma relação médico-paciente efetiva, baseada na confiança, e assim potencializar os resultados do tratamento.
O Dr. Murilo Battistetti é um exemplo de profissional que incorpora estas qualidades. Com sua experiência em serviços de saúde pública e privada, ele é reconhecido por seu extenso conhecimento em psiquiatria.
Estatísticas sobre o Transtorno Bipolar
A prevalência de transtorno bipolar varia de acordo com os critérios diagnósticos usados, a população estudada, e o método de coleta de dados.
Segundo estudos epidemiológicos:
- O transtorno bipolar tipo I — que inclui episódios completos de mania — é de aproximadamente 1% na população geral.
- O transtorno bipolar tipo II — com episódios de hipomania e depressão — tem uma prevalência um pouco mais alta, cerca de 1,1% ao longo da vida.
- Quando consideramos o espectro bipolar mais amplo, que inclui além dos tipos I e II, outras variações como o ciclotimia e transtornos bipolares não especificados, a prevalência pode ser mais alta, alcançando até 2,4% da população.
No entanto, estes números podem variar substancialmente entre diferentes países e populações.
Tipos de Transtorno Bipolar:
- Transtorno Bipolar I (Tipo 1): Caracterizado por pelo menos um episódio maníaco, possivelmente seguido por episódios depressivos.
O episódio maníaco pode ser grave, podendo desenvolver um episódio psicótico e até ser necessária a hospitalização.
- Transtorno Bipolar II (Tipo 2): Envolve pelo menos um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo.
A hipomania é uma forma menos grave de mania, onde os sintomas são similares, mas não tão intensos e não interferem significativamente na funcionalidade do indivíduo.
- Ciclotimia: Caracterizada por flutuações crônicas no humor, com episódios de hipomania e sintomas depressivos que não são tão intensos quanto os episódios completos de mania ou depressão.
Sintomas comuns do Transtorno Bipolar:
Episódio Maníaco/Hipomaníaco:
- Sentimento elevado, eufórico ou de grande entusiasmo
- Irritabilidade intensa
- Falando rapidamente e pulando de um assunto para outro
- Distração fácil
- Aumento da energia e diminuição da necessidade de sono
- Comportamento impulsivo, como gastos excessivos ou decisões imprudentes
- Em casos graves, delírios ou alucinações
Episódio Depressivo:
- Sentimento de tristeza, vazio ou desesperança
- Fadiga ou perda de energia
- Insônia ou dormir demais
- Dificuldade em se concentrar ou tomar decisões
- Mudanças no apetite ou no peso
- Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva
- Pensamentos de morte ou suicídio
Transtorno Bipolar – Tratamento:
Existem formulários disponíveis para a realização de uma autoavaliação de episódios de mania e hipomania muito úteis, porém a avaliação clínica psiquiátrica é o pilar fundamental para o diagnóstico do transtorno bipolar.
O tratamento geralmente envolve uma combinação de medicação e terapia:
- Medicação: Estabilizadores de humor, antipsicóticos e antidepressivos podem ser prescritos.
Também podem ser utilizados medicamentos para tratar sintomas específicos, como insônia.
- Terapia: As terapias cognitivo-comportamental, interpessoal e familiar são comuns e podem ajudar o paciente a entender a doença, reconhecer e gerenciar sinais de alerta e lidar com os desafios relacionados.
- Estilo de vida: Manter uma rotina regular, evitar uso de drogas, praticar atividades físicas e aprender técnicas de redução do estresse podem ajudar a controlar os sintomas.
O tratamento é contínuo e essencial, mesmo durante os períodos em que a pessoa se sinta melhor. Alterações no tratamento devem ser feitas apenas sob orientação médica, pois a interrupção súbita pode desencadear um novo episódio ou fazer os sintomas piorarem.
O transtorno bipolar é uma condição séria, mas com tratamento, muitas pessoas com este diagnóstico podem levar vidas plenas e produtivas.
Se você acredita que, você ou alguém que conheça esteja apresentando características de transtorno bipolar, é essencial procurar atendimento profissional para uma avaliação e tratamento adequado.
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