Dr. Murilo Battistetti

Compreendendo Sintomas, Causas e Opções de Tratamento

O Transtorno do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados, acompanhados de medo intenso e sintomas físicos.

Quem sofre de transtorno do pânico costuma desenvolver medo de novas crises, o que pode levar ao isolamento e afetar diversas áreas da vida.

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Neste artigo, vamos explorar o que é o transtorno do pânico, seus sintomas, causas e opções de tratamento.

O que é o Transtorno do Pânico?

O Transtorno do Pânico é uma condição marcada por ataques de pânico frequentes, que surgem sem aviso prévio e causam sensações intensas de medo e desconforto.

Esses ataques são caracterizados por uma sensação de perigo iminente, mesmo quando não há uma ameaça real.

Além do medo, os ataques podem causar sintomas físicos que se assemelham a problemas cardíacos, o que muitas vezes leva o indivíduo a buscar atendimento médico.

Com o tempo, o medo de novos ataques pode fazer com que a pessoa evite locais e situações, afetando sua vida social e profissional.

Causas do Transtorno do Pânico

As causas são complexas e multifatoriais, incluindo predisposições genéticas, desequilíbrios químicos e eventos de vida estressantes. Conheça algumas das causas mais comuns:

  1. Fatores Genéticos: Pode haver uma predisposição genética, já que pessoas com histórico familiar de ansiedade e depressão têm maior probabilidade de desenvolver essa condição.

    Estudos mostram que há componentes hereditários envolvidos, aumentando a vulnerabilidade a ataques de pânico.
  2. Desequilíbrios Químicos: Neurotransmissores como a serotonina e a norepinefrina, responsáveis pela regulação do humor e das respostas ao estresse, estão frequentemente desequilibrados em pessoas com este transtorno.

    Esse desequilíbrio pode predispor o indivíduo a reações exageradas em situações normais.
  3. Eventos Traumáticos e Estresse: Eventos como perdas, separações, situações de abuso e mudanças significativas na vida podem desencadear o transtorno.

    Além disso, o estresse crônico enfraquece o sistema nervoso, aumentando o risco de crises de ansiedade.
  4. Temperamento e Personalidade: Pessoas com características de personalidade ansiosas, com baixa tolerância ao estresse ou sensibilidade elevada, tendem a estar mais suscetíveis ao transtorno.

    A dificuldade em lidar com frustrações e incertezas pode também intensificar os sintomas.

Sintomas do Transtorno do Pânico

Este transtorno é marcado por ataques súbitos de pânico, que causam sintomas físicos e emocionais intensos. Entre os principais sintomas estão:

  • Sensação de perigo iminente e medo de perder o controle.
  • Taquicardia e palpitações: O coração parece bater de forma descontrolada.
  • Sudorese e tremores: O corpo reage como se estivesse em perigo real.
  • Sensação de falta de ar: Pode haver dificuldade para respirar e sensação de sufocamento.
  • Tontura e desmaios: A pessoa pode sentir tontura intensa, como se fosse desmaiar.
  • Formigamento: Pode ocorrer nas extremidades do corpo.
  • Medo de morrer: Muitas pessoas que enfrentam ataques de pânico relatam sentir como se estivessem à beira da morte.
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Esses ataques geralmente duram entre 5 e 20 minutos, mas os sintomas físicos e psicológicos podem se estender por horas, deixando o indivíduo exausto.

A intensidade dos sintomas e a frequência dos ataques variam, mas mesmo uma única experiência pode deixar a pessoa em estado de alerta constante, esperando pelo próximo episódio.

Diagnóstico do Transtorno do Pânico

O diagnóstico do Transtorno do Pânico é feito através da avaliação clínica por um profissional de saúde mental.

Normalmente, o diagnóstico requer que o paciente tenha enfrentado múltiplos ataques de pânico inesperados e apresente preocupação persistente com novos episódios.

Para assegurar um tratamento eficiente em saúde mental, é crucial buscar um profissional que combine excelente formação acadêmica com uma postura empática e acolhedora.

Essas características são fundamentais para construir uma relação de confiança e um vínculo efetivo entre médico e paciente, elementos chave para um tratamento bem-sucedido.

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Dr Murilo Battistetti

O Dr. Murilo Battistetti, médico com pós-graduação em psiquiatria, exemplifica esse perfil, atendendo tanto no sistema público quanto no privado, reconhecido por sua capacidade de estabelecer conexões genuínas com seus pacientes.

É comum que o transtorno do pânico seja confundido com condições físicas, como problemas cardíacos, devido à intensidade dos sintomas. Portanto, exames físicos podem ser realizados para descartar outras causas.

Tratamentos para o Transtorno do Pânico

O tratamento para o Transtorno do Pânico é multidisciplinar e visa controlar os ataques e melhorar a qualidade de vida do paciente. Entre as abordagens mais eficazes estão:

  1. Psicoterapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a abordagem mais recomendada para o Transtorno do Pânico.

    Na TCC, o paciente aprende a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que alimentam o medo e a ansiedade.

    A técnica de exposição, por exemplo, ajuda o paciente a enfrentar gradualmente situações que ele teme, reduzindo a ansiedade ao longo do tempo.
  2. Medicação: Antidepressivos e ansiolíticos são frequentemente prescritos para o controle dos sintomas de pânico.

    Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são comumente usados, pois ajudam a equilibrar os neurotransmissores envolvidos no transtorno.

    Benzodiazepínicos também podem ser prescritos para alívio rápido, mas são indicados para uso em curto prazo devido ao risco de dependência.
  3. Técnicas de Relaxamento: Técnicas de relaxamento, como respiração diafragmática, meditação e mindfulness, são úteis para controlar a ansiedade.

    Essas práticas ajudam a reduzir a resposta do corpo ao estresse e a melhorar a capacidade de enfrentamento em situações difíceis.
  4. Mudanças no Estilo de Vida: Manter hábitos saudáveis contribui para o tratamento do Transtorno do Pânico.

    Atividade física regular, uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade promovem o bem-estar mental e físico, ajudando a reduzir a ansiedade.
  5. Educação e Suporte: É fundamental que o paciente compreenda o que é o Transtorno do Pânico e como ele afeta o corpo e a mente.

    Além disso, contar com o apoio de familiares e amigos, e, se necessário, grupos de suporte, pode fazer a diferença no tratamento e na prevenção de recaídas.

Prevenção de Recaídas e Melhoria da Qualidade de Vida

Para prevenir novos episódios de pânico, é essencial manter o acompanhamento médico e psicológico, mesmo após a melhora dos sintomas.

O gerenciamento de estresse e o autocuidado são cruciais para evitar recaídas. Adotar técnicas de relaxamento e enfrentar gradualmente as situações temidas são estratégias que podem reduzir a ansiedade e ajudar na recuperação.

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Quando Procurar Ajuda Médica

É importante procurar ajuda profissional se os ataques de pânico estão impactando negativamente a vida diária, causando medo de sair ou realizar atividades comuns.

Quanto mais cedo o diagnóstico e tratamento forem iniciados, maiores são as chances de controle da condição e recuperação da qualidade de vida.

Considerações Finais sobre o Transtorno de Pânico

O Transtorno do Pânico é um transtorno de ansiedade debilitante, mas com tratamento adequado é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

A combinação de psicoterapia, medicação, técnicas de relaxamento e mudanças no estilo de vida ajuda a reduzir a frequência dos ataques e a promover o bem-estar.

Procurar apoio médico e psicológico é o primeiro passo para superar o Transtorno do Pânico e recuperar a confiança nas atividades cotidianas.

Fonte:

National Institute of Mental Health (NIMH). “Panic Disorder.”

Mayo Clinic. “Panic Attacks and Panic Disorder.”

American Psychological Association (APA). “Understanding Anxiety Disorders.”

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